Psicólogos por abordagens

O que é e quais são as Abordagens?

Abordagem terapêutica ou simplesmente ‘abordagem’ são linhas teóricas da psicologia, como por exemplo, Terapia Cognitivo-comportamental, Psicanálise, Gestalt, Humanista, Sistêmica, entre várias outras.

Algumas pessoas não sabem, mas nem todos os psicólogos atendem seguindo uma única linha. Isso significa que há diversas maneiras de os psicólogos atuarem, com abordagens e linhas teóricas diferentes,

Esse leque de abordagens, num primeiro momento, pode parecer bastante confuso ao paciente que está buscando por psicoterapia, afinal, “com qual psicólogo, então, devo marcar?”.

Por isso, pesquisar e conhecer um pouco mais sobre como funciona cada uma dessas abordagens pode, e muito, facilitar na hora de escolher o profissional correto para o que você precisa.

Para colaborar com a sua pesquisa, falaremos um pouco sobre algumas dessas abordagens e qual o foco de cada uma delas.

Terapia Cognitivo-Comportamental

Alguns psicólogos trabalham com a abordagem TCC (Terapia Cognitivo-Comportamental), ou apenas Cognitivo-Comportamental

Essa abordagem busca entender quais as crenças do paciente, ou seja, entender o que o paciente acredita e como ele se comporta diante das situações de seu cotidiano, baseado nessas crenças. O objetivo é trabalhar a reformulação dos pensamentos (cognições) que, de alguma forma, trazem problemas e conflitos à vida do paciente.

Desse modo, essa abordagem proporciona resultados mais rápidos e precisos para a queixa do paciente.

Além de todo esse processo, um dos principais focos dessa linha teórica é proporcionar ao paciente determinadas mudanças de comportamento em situações que causam desconforto: “agindo de maneiras diferentes para obter resultados diferentes”.

Abordagem Comportamental

A abordagem comportamental, muito procurada atualmente, é conhecida pelo seu método prático de enxergar as questões do paciente.

Essa abordagem acredita que todas as situações que acontecem com o indivíduo, bem como problemas ou conflitos tanto com as pessoas ao redor ou conflitos internos, surgem através do ambiente em que o indivíduo está inserido.

São estímulos que dão margem para que o problema se desenvolva.

Para entender com mais clareza sobre essa abordagem, os teóricos que a desenvolveram entendem por: Comportamento (reação do organismo a um estímulo externo = meio ambiente); Estímulo (alterações do ambiente captadas pelos sentidos);

Tudo isso significa que o psicólogo trabalha de maneira prática a desenvolver novas maneiras de o paciente lidar com os estímulos externos, já que, estes, geralmente estão fora do nosso controle.

O que significa, portanto, que devemos cuidar do que cabe a nós: nossos sentidos, sentimentos e comportamento, diante do mundo.

Psicanálise

Uma das abordagens mais conhecidas é a Psicanálise. Embora bastante conhecida, algumas dúvidas frequentes rondam essa linha teórica.

No geral, a Psicanálise é por si só uma abordagem que exige um tempo para obter resultados.

Tempo, pois tem uma duração no tratamento mais extensa que as demais abordagens, uma vez que, para identificar o que compõe determinado desconforto ao paciente, assim como seus conflitos e angústias, usa como base lembranças e histórias vividas na infância e adolescência, bem como sua vivência no convívio com a família e ciclos de amizade.

Desse modo, o papel do psicanalista torna-se muito mais de um ouvinte, até obter as informações necessárias.

No entanto, embora seja um processo longo, o autoconhecimento adquirido através dessa abordagem é mais detalhado e preciso.

Gestalt-terapia

Essa abordagem atua no “momento presente” do paciente, isso significa que o psicólogo questiona e observa muito mais a forma como o indivíduo lida com as situações de seu dia-a-dia, suas emoções, sensações corpóreas e pensamentos, por exemplo – ou seja, tudo o que compõe a personalidade e a forma como o paciente enxerga o mundo.

Nessa abordagem, o passado do paciente não é a principal base para o decorrer da terapia, embora, claro, não seja completamente descartado: afinal, o passado do paciente (seu histórico) tem grande influência no seu “eu de hoje”.

Gestalt é uma palavra de origem alemã que não possui tradução específica para o português, no entanto, algumas das traduções possíveis são “forma” e “configuração”.

O psicólogo dessa abordagem atua de forma bastante ativa durante as sessões. Utilizando de algumas técnicas, proporciona reflexões ao paciente que o levam a encarar seus problemas e conflitos de forma mais consciente e equilibrada.

Abordagem Neuropsicológica

A Neuropsicologia é a ciência que estuda o cérebro do ser humano e como seu funcionamento impacta a vida do indivíduo, seus comportamentos e reações diante de situações do seu dia-a-dia.

Esse estudo é capaz de proporcionar ao profissional da área respostas amplas sobre alguns dos comportamentos e a cognição de seus pacientes.

Através de testes aplicados por um profissional capacitado, é possível entender quais os déficits do paciente e o que impede, por exemplo, uma criança de desenvolver sua aprendizagem na escola.

Bastante solicitada entre os próprios profissionais da área da psicologia (onde terapeutas tem encaminhado cada vez mais seus pacientes para avaliações neuropsicológicas), essa abordagem tem sido bastante recomendada e procurada nos consultórios atualmente.

Psicologia Humanista

Caminhando próxima à Psicanálise, a Psicologia Humanista enxerga no paciente o seu lado completamente humano: o lado que está em constante desenvolvimento, quais fatores o conduziram e conduzem à formação de sua personalidade, e entendendo que fatores externos, de algum modo, podem impedir esse ser humano de se desenvolver por completo.

Desse modo, a Psicologia Humanista busca a “humanização da psique”, enxergando o ser humano como um ser em constante processo de construção, tal qual com o direito à sua liberdade e decisões particulares para sua vida.

Uma das principais bases dessa abordagem é a crença na relação direta entre a natureza e as condutas do ser humano, assim como a crença de enxergar cada indivíduo como único, com suas particularidades e espontaneidade.

Como o foco principal está, basicamente, no autoconhecimento do indivíduo, ou seja, centrado exclusivamente na pessoa e não no mundo externo e no que o cerca, essa abordagem busca que o indivíduo se adapte às suas teorias e não que as teorias se adaptem ao indivíduo

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