Espero que você esteja gostando do nosso site. Conheça os psicólogos que atendem em São Paulo presencialmente e também online por videochamada. Autor: Andreia Crocco Santos - Psicólogo CRP 06/146707

O riso é uma das expressões humanas mais universais. Ele atravessa culturas, gerações e contextos sociais, manifestando-se em situações que variam do mais informal ao absolutamente solene.
Mas, apesar de sua frequência e importância na vida cotidiana, ainda há muito a ser compreendido sobre o que nos faz rir e por que isso é tão essencial para o nosso bem-estar.
A psicologia do humor investiga justamente essas questões, explorando os mecanismos mentais, emocionais e sociais que envolvem o riso.
Este campo multidisciplinar envolve contribuições da psicologia, neurociência, filosofia, antropologia e até da linguística para entender como o humor é percebido, produzido e compartilhado.
A origem evolutiva do riso
Rir não é apenas um comportamento cultural, mas também é uma uma característica com raízes na nossa evolução.
Estudos indicam que outras espécies de primatas também demonstram comportamentos semelhantes ao riso durante interações sociais, como o ‘jogo de luta’ entre filhotes.
Por exemplo, Jan van Hooff (1972) observou que macacos exibem uma expressão facial conhecida como relaxed open-mouth display durante brincadeiras, o que seria um ancestral do sorriso humano.
Além disso, pesquisas de Robert Provine (2000) mostram que chimpanzés, gorilas e orangotangos produzem vocalizações específicas durante interações lúdicas, muito parecidas com o riso humano.
Essa perspectiva evolutiva sugere que rir pode ter servido como um mecanismo adaptativo.
Quando nossos ancestrais se engajavam em atividades coletivas, como a caça ou a construção de abrigos, a coesão do grupo era essencial.
O riso, nesses casos, teria funcionado como uma cola social, ajudando a manter os indivíduos unidos, mesmo que de maneira inconsciente.
O que nos faz rir?
O humor é uma resposta complexa que depende de diversos fatores: contexto, cultura, experiências anteriores e personalidade.
Existem várias teorias psicológicas que tentam explicar o que nos faz rir. Uma das mais conhecidas é a teoria da incongruência, que propõe que o riso surge quando há uma quebra de expectativa.
Um exemplo clássico são as piadas que terminam com um trocadilho inesperado.
Outra teoria importante é a da superioridade, segundo a qual rimos ao nos sentirmos superiores a alguém ou a uma situação.
Essa forma de humor pode ser percebida em comédias físicas, como o famoso escorregão na casca de banana, ou em situações em que personagens agem de forma tola.
Já a teoria do alívio, proposta por Freud, sugere que o riso permite liberar tensões psíquicas acumuladas.
Isso explicaria por que rimos em situações desconfortáveis ou ao abordar temas tabus por meio do humor.
O papel do cérebro no riso
Quando rimos, várias áreas do cérebro são ativadas. O córtex pré-frontal, que está relacionado ao julgamento e à tomada de decisões, avalia a informação e detecta o humor.
Em seguida, o sistema límbico, responsável pelas emoções, entra em ação. Finalmente, áreas motoras controlam os músculos responsáveis pelas expressões faciais e pela vocalização do riso.
Estudos com neuroimagem mostram que o humor ativa o sistema de recompensa do cérebro, especialmente áreas ligadas à liberação de dopamina, o neurotransmissor associado ao prazer.
Isso significa que rir não é apenas um reflexo emocional, mas também uma experiência fisiologicamente prazerosa.
O riso e o bem-estar psicológico
O riso está diretamente relacionado à melhora do bem-estar psicológico.
Isso porque ele pode reduzir os níveis de cortisol, o hormônio do estresse, e aumentar a produção de endorfinas, substâncias responsáveis pela sensação de prazer e relaxamento, indo no lado contrário do desenvolvimento de crises depressivas ou de ansiedade.
Além disso, o riso promove uma visão mais otimista da vida. Pessoas que mantêm o senso de humor diante de situações adversas tendem a desenvolver maior resiliência emocional.
O humor, nesse caso, funciona como um mecanismo de enfrentamento, permitindo lidar com as dificuldades de forma mais leve e saudável.
Por conta disso, o uso do humor em contextos terapêuticos tem ganhado espaço nas últimas décadas.
Psicólogos e terapeutas utilizam técnicas baseadas no riso para promover mudanças cognitivas e emocionais em seus pacientes.
A chamada terapia do riso busca estimular o riso de maneira espontânea ou induzida como forma de tratamento complementar.
Em ambientes hospitalares, por exemplo, a presença de palhaços profissionais tem mostrado efeitos positivos na recuperação de pacientes, especialmente crianças.
O riso reduz a ansiedade, melhora a adesão ao tratamento e fortalece o vínculo entre pacientes e equipe médica.
O humor nas relações interpessoais
O que provoca riso varia imensamente entre culturas. Enquanto algumas sociedades valorizam o humor autodepreciativo, outras preferem um estilo mais absurdo ou satírico.
Essas diferenças culturais influenciam a maneira como o humor é interpretado e utilizado socialmente.
Apesar das diferenças, existe um elemento comum: todas as culturas desenvolvem formas de humor e valorizam o riso como expressão de alegria, alívio e integração social.
Isso sugere que, mesmo com suas variações, o humor é uma linguagem universal que atravessa fronteiras.
Assim, o humor desempenha um papel fundamental na construção e manutenção de relacionamentos interpessoais.
Ele serve como uma ponte para a conexão emocional, facilitando a empatia, a comunicação e a resolução de conflitos.
Casais que compartilham o mesmo senso de humor tendem a relatar maior satisfação no relacionamento.
Da mesma forma, ambientes de trabalho que valorizam o bom humor costumam ter equipes mais integradas e produtivas.
O riso coletivo cria um senso de pertencimento e reduz barreiras hierárquicas.
Porém, embora o riso geralmente traga benefícios, ele também pode causar desconforto quando mal direcionado.
Piadas ofensivas, sarcásticas ou discriminatórias podem gerar sentimentos de exclusão e reforçar estigmas.
Por isso, o contexto e a intenção são fundamentais.
A psicologia do humor alerta para a importância da empatia e da consciência cultural na hora de fazer humor.
O que é engraçado para uma pessoa pode ser ofensivo para outra. Assim, desenvolver uma sensibilidade para o impacto das nossas palavras é essencial para que o humor cumpra seu papel de unir, e não de afastar.
Rir de si mesmo: o poder da autocompaixão
Saber rir de si mesmo é uma habilidade psicológica poderosa. Pessoas com essa capacidade costumam apresentar maior autoestima e menor ansiedade social.
Isso porque o humor autodepreciativo (quando não é excessivo) permite reconhecer as próprias falhas de forma gentil, promovendo a autocompaixão e autoaceitação.
Na terapia cognitivo-comportamental, por exemplo, estimular a capacidade de rir das próprias situações é uma estratégia para desconstruir pensamentos disfuncionais.
O humor, nesse sentido, ajuda a relativizar problemas e encontrar perspectivas mais equilibradas.

Riso como prática cotidiana de bem-estar
Incorporar o riso no cotidiano é uma prática que pode transformar a forma como lidamos com o estresse, os relacionamentos e a nossa saúde mental.
Pequenas atitudes, como assistir a uma comédia, conviver com pessoas bem-humoradas ou praticar atividades que estimulem o sorriso, fazem diferença.
Vale lembrar que o riso é contagiante. Um simples sorriso pode desencadear uma reação em cadeia, elevando o humor de todos ao redor.
Criar espaços que favoreçam o riso, como encontros entre amigos, atividades lúdicas e ambientes acolhedores, é uma forma de investir no bem-estar coletivo.
Psicólogos para Transtornos de Humor
Conheça os psicólogos que atendem casos de Transtornos de Humor no formato de terapia online por videochamanda e também consultas presenciais em São Paulo:
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Adriana de Oliveira
Consultas presenciais
Consultas por vídeoA psicóloga Adriana é formada pela Universidade do Grande ABC, com especialização em Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC) e extensão em Mindfulness, ambas obtidas na PUC.
Valor R$ 150
Posso ajudar comDistúrbios AlimentaresTranstornos Depressivos e de HumorTranstorno de Ansiedade Generalizada (TAG)EstresseDepressãopróximo horário:
03/nov. às 11:00hs -
Ana Carolina Augusto
Consultas presenciais
Consultas por vídeoA psicóloga Ana Carolina Augusto é formada pela Universidade São Judas Tadeu, pós-graduanda em Terapias Cognitivo-Comportamentais pelo Grupo PBE.
Valor R$ 250
Posso ajudar comRelacionamentosConflitos FamiliaresTOC - Transtorno ObsessivoTranstorno de Ansiedade Generalizada (TAG)Medospróximo horário:
03/nov. às 10:00hs
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Autor: psicologa Andreia Crocco Santos - CRP 06/146707Formação: Pós-graduada em Psicanálise e os Desafios da Contemporaneidade. Pós-graduanda em Saúde Mental, Psicopatologia e atenção psicossocial. Atendimento Psicoterápico Clínico de casal e individual de adolescentes, adultos e idosos sob orientação psicanalítica e psicoterapia psicodinâmica











