
Espero que você esteja gostando do nosso site. Conheça os psicólogos que atendem em São Paulo presencialmente e também online por videochamada. Autor: Renata Visani Gaspula - Psicólogo CRP 06/72421

A autocompaixão é um conceito cada vez mais estudado pela psicologia moderna e que pode transformar profundamente a forma como nos relacionamos com nós mesmos.
Em uma sociedade que frequentemente valoriza a produtividade excessiva, a comparação constante e a autocrítica dura, aprender a ser gentil consigo mesmo pode ser uma das habilidades mais importantes para o bem-estar emocional.
O que é autocompaixão?
Autocompaixão é a capacidade de oferecer a si mesmo a mesma bondade, cuidado e compreensão que normalmente ofereceria a um amigo querido em um momento difícil.
Assim sendo, ao invés de reagir com críticas severas quando cometemos erros ou enfrentamos dificuldades, a autocompaixão nos convida a responder com empatia e paciência.
A psicóloga Kristin Neff, uma das principais pesquisadoras sobre o tema, define autocompaixão como composta por três pilares fundamentais:
1. Autobondade
Significa tratar a si mesmo com gentileza ao invés de dureza.
Em vez de cair em um discurso interno crítico como “sou um fracasso” ou “não sirvo para nada”, a pessoa consegue olhar para sua dor e reconhecer que está passando por uma dificuldade.
2. Humanidade compartilhada
É a compreensão de que errar e sofrer faz parte da experiência humana.
Muitas vezes acreditamos que somos os únicos a falhar e fortalecemos a síndrome do impostor, mas quando aceitamos que a imperfeição é algo comum, conseguimos nos sentir menos isolados.
3. Atenção plena (mindfulness)
Trata-se da habilidade de reconhecer a dor e as emoções difíceis sem reprimi-las nem exagerá-las.
O mindfulness permite lidar com os sentimentos de forma equilibrada, sem negar o sofrimento, mas também sem se deixar dominar por ele.
Autocompaixão não é autopiedade nem egoísmo
Um equívoco comum é confundir autocompaixão com autopiedade ou com uma atitude egoísta.
No entanto, existem diferenças importantes:
Autocompaixão não é se colocar como vítima
Na autopiedade, a pessoa foca, por exemplo, apenas em sua dor, muitas vezes sem reconhecer que todos passam por dificuldades.
Já na autocompaixão, há uma perspectiva mais ampla da experiência humana.
Autocompaixão não é indulgência
Ser gentil consigo mesmo não significa se livrar de responsabilidades ou justificar comportamentos prejudiciais.
Pelo contrário, a autocompaixão nos ajuda a buscar mudanças saudáveis com motivação positiva.
Autocompaixão não é narcisismo
Não se trata de se colocar acima dos outros, mas de cuidar de si sem se comparar constantemente.
Por que a autocompaixão é importante para a saúde mental?
A prática da autocompaixão traz inúmeros benefícios comprovados por estudos científicos. Entre eles:
Redução da autocrítica
A voz interna severa pode gerar culpa, vergonha e ansiedade.
Logo, quando aprendemos a responder de maneira mais compreensiva, conseguimos interromper esse ciclo de autossabotagem.
Aumento da resiliência emocional
Pessoas autocompassivas lidam melhor com frustrações e adversidades, pois não se afundam em julgamentos duros, mas acolhem a própria dor e encontram caminhos para seguir em frente.
Menos sintomas de ansiedade e depressão
Pesquisas mostram que a prática regular de autocompaixão está associada à diminuição de sentimentos, como por exemplo, de desesperança, tristeza e preocupações excessivas.
Melhoria nos relacionamentos
Quando somos mais gentis conosco, também passamos a ser mais compreensivos e empáticos com os outros, fortalecendo vínculos e diminuindo conflitos.
Maior motivação saudável
Diferente da crença de que precisamos ser duros para “melhorar”, a autocompaixão motiva, por exemplo, a mudança de maneira construtiva, com base no cuidado, e não no medo.
Como desenvolver a autocompaixão no dia a dia
A autocompaixão é uma habilidade que pode ser aprendida e treinada. A seguir, algumas práticas simples que ajudam a cultivar essa atitude.
Pratique a autopercepção
Preste atenção às situações em que você é excessivamente crítico consigo mesmo.
Assim sendo, pergunte-se: “O que eu diria a um amigo nessa mesma situação?”
Essa mudança de perspectiva pode suavizar a forma como você se trata.
Cultive a linguagem compassiva
Substitua frases de autocrítica por frases de apoio.
Em vez de dizer “sou incompetente”, tente “estou aprendendo e é natural errar durante o processo”.
Exercícios de mindfulness
Práticas de respiração consciente e meditação ajudam a observar emoções e pensamentos sem julgamento.
Logo, isso fortalece a capacidade de lidar com situações difíceis de maneira equilibrada.
Escreva uma carta para si mesmo
Imagine que você está consolando alguém querido que passa por um momento difícil.
Escreva uma carta para si mesmo com palavras de apoio e incentivo. Esse exercício ajuda a internalizar a bondade.
Reconheça a humanidade compartilhada
Quando sentir que só você erra ou sofre, lembre-se: a imperfeição faz parte de ser humano.
Essa consciência reduz o sentimento de isolamento.
Barreiras comuns à autocompaixão
Apesar de parecer simples, muitas pessoas encontram obstáculos para desenvolver essa prática.
Medo de perder a motivação
Alguns acreditam que, se forem gentis consigo mesmos, se tornarão preguiçosos.
No entanto, a autocompaixão aumenta a motivação e a capacidade de criar metas, pois ela se baseia em cuidado, não em medo.
Vergonha de se priorizar
Muitos têm dificuldade de se colocar como prioridade porque associam isso ao egoísmo.
Assim sendo, é importante entender que cuidar de si é essencial para poder cuidar dos outros.
Padrões culturais
Em algumas culturas, a autocrítica é vista como virtude e humildade.
Romper com esse padrão exige consciência e prática.
Autocompaixão em diferentes contextos da vida
Aprender a ser gentil consigo mesmo é um ato de coragem e autocuidado.
Isso é algo que vai gerar benefícios em diferentes âmbitos do seu dia a dia, como por exemplo:
No trabalho
A pressão por resultados pode gerar ansiedade e autocrítica. Praticar autocompaixão ajuda a lidar com falhas e feedbacks de forma construtiva.
Nos relacionamentos
Ser compassivo consigo mesmo permite estabelecer limites mais saudáveis e ter mais paciência com o outro.
Nos estudos
Estudantes muitas vezes se cobram demais.
A autocompaixão ajuda a enfrentar provas e desafios acadêmicos sem paralisar diante do medo do fracasso.
Em situações de perda
Momentos de luto e dor exigem ainda mais autocompaixão. Reconhecer a fragilidade e se permitir sentir é fundamental para atravessar essas fases.
Benefícios comprovados pela ciência
Pesquisas conduzidas por Kristin Neff e outros estudiosos mostram que pessoas que cultivam a autocompaixão apresentam:
- Menor risco de transtornos de ansiedade e depressão;
- Maior satisfação com a vida;
- Maior motivação intrínseca para mudanças saudáveis;
- Melhor regulação emocional;
- Mais empatia e compaixão pelos outros.
Isso demonstra que a autocompaixão não é apenas um “conselho motivacional”, mas uma prática sólida, com embasamento científico e resultados consistentes.

Como a psicoterapia pode ajudar no desenvolvimento da autocompaixão
Embora existam muitas práticas que podem ser feitas individualmente, contar com o apoio de um psicólogo pode ser fundamental para aprofundar a autocompaixão.
Um profissional pode ajudar a:
- Identificar padrões de autocrítica e autossabotagem;
- Trabalhar crenças limitantes que impedem a gentileza consigo mesmo;
- Ensinar técnicas específicas de regulação emocional;
- Construir um espaço seguro para explorar vulnerabilidades.
Portanto, se você sente que a autocrítica está prejudicando sua vida e gostaria de aprender a desenvolver mais autocompaixão, converse com um psicólogo da nossa plataforma.
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Autor: psicologa Renata Visani Gaspula - CRP 06/72421Formação: A psicóloga Renata Visani é formada em Psicologia há mais de 15 anos. Atualmente, cursa mestrado em Psicologia Clínica e da Saúde na Universidade do Algarve em Portugal e é pós-graduada em Neuropsicologia, PNL (Programação Neurolinguistica) e atende também através da Psicanálise.









