
Espero que você esteja gostando do nosso site. Conheça os psicólogos que atendem em São Paulo presencialmente e também online por videochamada. Autor: Natalia Anauate - Psicólogo CRP 06/103768

Vivemos em uma sociedade que, por muito tempo, valorizou apenas um tipo de inteligência, comportamento e forma de aprender.
No entanto, cada vez mais pessoas têm compreendido que o cérebro humano é diverso — e que essa diversidade é algo que merece ser reconhecido e acolhido.
É dentro dessa perspectiva que surge o conceito de neurodivergência, uma forma de olhar para as diferenças neurológicas como variações naturais da mente humana, e não como erros ou defeitos.
Entender o que significa ser neurodivergente e como lidar com isso — seja você uma pessoa neurodivergente ou alguém que convive com uma — é um passo importante para construir uma sociedade mais inclusiva, empática e saudável.
O que é neurodivergência?
O termo neurodivergência surgiu dentro do movimento pela neurodiversidade, criado nos anos 1990 por ativistas e pesquisadores, especialmente pessoas autistas, que buscavam mudar a maneira como o mundo via o autismo e outras condições neurológicas.
Em vez de considerar essas diferenças como “transtornos” que precisam ser corrigidos, a ideia é que elas fazem parte da variação natural da mente humana, assim como existem diferenças de cor de pele, altura ou personalidade.
A neurodivergência, portanto, refere-se a pessoas cujos cérebros funcionam de maneira diferente do que se considera “neurotípico” — ou seja, do padrão mais comum na sociedade.
Isso inclui diferentes modos de perceber o mundo, processar informações, lidar com emoções e se comunicar.
Exemplos de condições neurodivergentes
É importante lembrar que o termo neurodivergente não é um diagnóstico médico, mas um conceito que engloba várias condições neurológicas e cognitivas.
Entre os exemplos mais conhecidos estão:
- Transtorno do Espectro Autista (TEA)
- Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH)
- Dislexia
- Dispraxia
- Discalculia
- Transtorno do Processamento Auditivo
- Síndrome de Tourette
- Transtornos de aprendizagem
- Altas habilidades/superdotação
Essas condições variam muito de pessoa para pessoa. Duas pessoas com o mesmo diagnóstico podem ter experiências completamente diferentes, e é por isso que a escuta, a empatia e o acolhimento individualizado são fundamentais.
Neurodiversidade x neurodivergência
Antes de avançar, vale diferenciar dois termos que, embora relacionados, têm significados diferentes.
- Neurodiversidade é o conceito que reconhece que existem múltiplas formas válidas de funcionamento neurológico. Ela se refere à diversidade como um todo.
- Neurodivergência descreve as pessoas que se desviam do padrão considerado neurotípico.
Em outras palavras, a neurodiversidade é o conjunto, e a neurodivergência é uma de suas partes.
Todos nós, coletivamente, formamos uma sociedade neurodiversa.
Por que falar de neurodivergência é importante
Discutir a neurodivergência é essencial porque ajuda a quebrar estigmas e preconceitos que historicamente colocaram as pessoas com diferenças neurológicas em posições de exclusão.
Muitos indivíduos neurodivergentes enfrentam dificuldades de adaptação em ambientes que não foram pensados para acolher suas necessidades — seja na escola, no trabalho ou nas interações sociais.
Essas dificuldades não surgem por falta de capacidade, mas porque as estruturas sociais foram construídas com base em um único modelo de pensamento.
Falar sobre neurodivergência é, portanto, falar sobre inclusão, respeito e saúde mental.
Como a sociedade costuma lidar com a neurodivergência
Infelizmente, ainda há muita desinformação sobre o tema. A sociedade tende a enxergar a neurodivergência como algo a ser corrigido, o que pode gerar pressão para a normalização e culpabilização.
Crianças com TDAH, por exemplo, podem ser vistas como “preguiçosas” ou “desatentas”, enquanto adultos autistas muitas vezes são taxados de “frias” ou “sem empatia”.
Por conta disso, a psicoterapia infantil ou mesmo para adultos é importante para entender os motivos por trás de certos comportamentos.
Esses rótulos prejudicam a autoestima e o bem-estar emocional das pessoas neurodivergentes, além de reforçar a ideia de que há um único modo “certo” de ser e se comportar.
Por isso, é essencial promover educação emocional e conscientização — tanto para as pessoas neurodivergentes, que podem se reconhecer e se aceitar melhor, quanto para a sociedade, que precisa aprender a conviver com a diferença de forma positiva.
Como acolher a neurodivergência na prática
Agora que já entendemos o conceito, é importante refletir sobre como transformar esse conhecimento em ações cotidianas para evitar preconceito ou rejeição.
1. Ouvir sem julgar
O primeiro passo para acolher é ouvir com empatia. Cada pessoa neurodivergente tem experiências únicas — o que funciona para uma pode não funcionar para outra.
Evite pressuposições e, sempre que possível, pergunte como a pessoa prefere ser tratada, o que a ajuda em momentos de dificuldade e quais ambientes a fazem se sentir mais confortável.
2. Adaptar ambientes e rotinas
A acessibilidade não é apenas física — ela também é cognitiva e sensorial. Iluminação intensa, ruídos fortes ou excesso de estímulos visuais podem ser desconfortáveis para algumas pessoas neurodivergentes.
Criar espaços mais tranquilos e flexíveis é uma forma de acolher.
No ambiente de trabalho, por exemplo, isso pode significar permitir horários flexíveis, pausas regulares ou comunicação escrita clara.
Na escola, pode envolver ajustes no formato de avaliações e nas dinâmicas de grupo.
3. Evitar comparações
Comparar uma pessoa neurodivergente com uma neurotípica pode ser injusto e desmotivador.
É fundamental valorizar o progresso individual e reconhecer conquistas pessoais.
4. Promover o autoconhecimento
Muitas pessoas neurodivergentes crescem sem entender por que se sentem diferentes.
O autoconhecimento é um passo essencial para que elas possam identificar suas necessidades, limites e talentos.
A psicoterapia pode ser uma grande aliada nesse processo, oferecendo espaço seguro para explorar essas questões.
5. Combater o capacitismo
O capacitismo é a discriminação contra pessoas com deficiência ou diferenças cognitivas.
Combater o capacitismo é promover respeito, escuta e oportunidades iguais, reconhecendo o valor de cada indivíduo.

O papel da psicologia na compreensão da neurodivergência
A psicologia desempenha um papel fundamental na construção de uma sociedade mais empática e inclusiva.
O psicólogo pode ajudar tanto pessoas neurodivergentes quanto familiares e colegas a compreenderem melhor os desafios e potencialidades envolvidos.
O foco não é “corrigir” o modo de pensar, mas fortalecer a autonomia e o bem-estar emocional, respeitando o ritmo e a singularidade de cada indivíduo.
É importante considerar que para muitas pessoas, receber um diagnóstico de TDAH, autismo ou outra condição neurodivergente pode ser um divisor de águas.
Não porque rotula, mas porque traz compreensão e direcionamento. Um diagnóstico pode ajudar a identificar recursos de apoio, tratamentos complementares e ajustes necessários para uma vida mais equilibrada.
Se você quer compreender melhor o seu modo de pensar e sentir, ou aprender a acolher as diferenças ao seu redor, procure um psicólogo da nossa plataforma.
Um profissional pode te ajudar a trilhar esse caminho de autoconhecimento e empatia com segurança e acolhimento.
Psicólogos para Neuropsicologia
Conheça os psicólogos que atendem casos de Neuropsicologia no formato de terapia online por videochamanda e também consultas presenciais em São Paulo:
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Edvaldo M. Bratifich
Consultas presenciais
Consultas por vídeoEdvaldo Bratifich possui uma sólida formação em Psicologia e é Especialista em Neuropsicologia, título reconhecido pelo Instituto Ampliatta em Bauru. Atualmente, está em constante evolução profissional, cursando pós-graduação em Terapia Cognitivo Comportamental na prestigiada PUC-RS.
Valor R$ 200
Posso ajudar comRelacionamentosFamíliaTranstornos Depressivos e de HumorLGBTQI+Neuropsicologiapróximo horário:
05/dez. às 09:00hs -
Marina Valle
Consultas presenciais
Consultas por vídeoMarina é psicóloga formada pela Pontificia Universidade Católica de Campinas (PUC CAMPINAS), atualmente está cursando especialização em Neuropsicologia na Faculdade de Medicina da USP (FMUSP).
Valor R$ 180
Posso ajudar comEstresseTDA e TDAHDepressãoAutoestimaSíndrome de Burnoutpróximo horário:
04/dez. às 17:00hs
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Autor: psicologa Natalia Anauate - CRP 06/103768Formação: Há mais de 15 anos Natália atua como psicóloga para atendimento individual (adultos) e terapia de casal, o que lhe confere considerável experiência com queixas relacionadas ao relacionamento conjugal, estresse relacionado ao trabalho, dificuldades na vida afetiva e relacionamentos...










