Espero que você esteja gostando do nosso site. Conheça os psicólogos que atendem em São Paulo presencialmente e também online por videochamada. Autor: Renata Visani Gaspula - Psicólogo CRP 06/72421
Na psicologia, o ego é frequentemente definido como a parte da mente responsável por mediar entre os desejos do id, as exigências do superego e as demandas da realidade.
Em termos mais simples, o ego é o “eu” consciente, a parte de nós que tenta equilibrar nossas emoções, vontades e valores morais com o que é possível ou socialmente aceitável.
Embora essa definição tenha origem na psicanálise freudiana, diversas abordagens psicológicas também reconhecem como um componente fundamental do nosso funcionamento psíquico.
Ele não é, por si só, negativo.
Logo, o problema aparece quando esse ego se torna rígido, frágil ou exageradamente dominante.
Ego inflado x ferido: qual a diferença?
O desequilíbrio do ego pode seguir caminhos distintos: enquanto algumas pessoas desenvolvem um ego inflado e dominador, outras carregam um ferido e fragilizado.
Ego inflado
Um ego inflado é marcado por uma visão grandiosa de si mesmo. A pessoa acredita que é superior, que sempre tem razão ou que merece privilégios.
Esse tipo de personalidade se manifesta como arrogância, autoritarismo, impulsividade e dificuldade em ouvir ou reconhecer os outros.
Pessoas com ego inflado geralmente têm baixa tolerância à frustração e dificuldades em aceitar críticas.
Assim sendo, elas podem mascarar sentimentos de insegurança com atitudes de prepotência.
Ego ferido
Já o ego ferido se manifesta por uma autoestima fragilizada e falta de inteligência emocional.
A pessoa sente que não é suficiente, tem medo de rejeição e vive com a constante sensação de que será abandonada ou traída.
Muitas vezes, esse ego nasce de experiências de rejeição, negligência ou crítica excessiva durante a infância.
Logo, pessoas com ego ferido tendem a se anular nos relacionamentos, vivem em busca de aprovação e têm dificuldade em impor limites, mesmo quando se sentem magoadas ou injustiçadas.
Como o ego inflado afeta seus relacionamentos?
Veja os principais comportamentos que surgem nesse contexto e os prejuízos que podem causar:
Falta de empatia
O ego inflado coloca o indivíduo no centro do universo, o que dificulta a capacidade de escutar o outro com genuína empatia.
A pessoa pode ser vista como fria ou insensível, ainda que não tenha consciência disso.
Dificuldade em reconhecer erros
Admitir falhas pode ser extremamente ameaçador para quem tem uma personalidade inflada.
Por isso, é comum que essas pessoas responsabilizem os outros por problemas, desviem o foco da conversa ou simplesmente evitem lidar com conflitos de forma madura.
Relações de poder e controle
Em relações afetivas, familiares ou profissionais, a personalidade inflada costuma se expressar por meio do desejo de controle.
A pessoa sente que precisa estar no comando e se incomoda com opiniões divergentes.
Portanto, isso pode gerar dinâmicas de dominação e submissão, ou até mesmo bullying na vida adulta.
Críticas como ataques pessoais
Como a personalidade inflada é, na verdade, muito frágil por dentro, qualquer crítica pode ser interpretada como um ataque.
Logo, isso leva a reações desproporcionais, como agressividade verbal, ironias ou até mesmo rompimentos abruptos.
Como o ego ferido afeta seus relacionamentos?
Por outro lado, quando o eu interior está ferido, a pessoa tende a assumir um lugar de inferioridade nas relações.
Isso também pode gerar muitos conflitos, dores e dinâmicas prejudiciais.
Medo constante de rejeição
A pessoa com ego ferido vive em alerta.
Qualquer afastamento, demora para responder mensagens ou mudança de humor do outro pode ser interpretado como sinal de abandono.
Isso gera insegurança, ciúmes e comportamentos de vigilância constante.
Busca excessiva por validação
Quem tem o ego ferido costuma depender da aprovação alheia para se sentir bem consigo mesmo.
Em um relacionamento amoroso, por exemplo, isso pode gerar comportamentos sufocantes ou submissão extrema, o que tende a desgastar o vínculo com o tempo.
Dificuldade em impor limites
Muitas vezes, o medo de ser rejeitado faz com que a pessoa aceite situações desconfortáveis ou injustas.
Logo, ela pode perdoar traições, tolerar humilhações ou abrir mão de seus próprios desejos para manter o outro por perto.
Baixa autoestima e autossabotagem
O ego ferido pode levar a comportamentos autodestrutivos.
A pessoa acredita que não merece amor, sucesso ou respeito e, inconscientemente, sabota suas relações e oportunidades para confirmar essa crença.
Como identificar qual tipo de ego está operando?
Nem sempre é fácil perceber se estamos agindo a partir de um ego inflado ou ferido.
No entanto, algumas reflexões podem ajudar a iluminar esses mecanismos internos.
Algumas perguntas podem ajudar a identificar os padrões do ego no seu comportamento. Reflita, com sinceridade:
- Eu tenho dificuldade em aceitar críticas?
- Sinto necessidade constante de provar que estou certo(a)?
- Tenho medo de ser rejeitado(a) ou de não ser bom/boa o suficiente?
- Costumo me sentir superior ou inferior às outras pessoas?
- Eu reajo de forma exagerada a comentários negativos ou situações de conflito?
Como buscar o equilíbrio do ego?
Equilibrar o ego não significa anulá-lo, mas sim encontrar um ponto saudável entre a autoconfiança e a humildade.
Desenvolva o autoconhecimento
A terapia é um dos caminhos mais eficazes para entender como seu ego foi formado e como ele se manifesta nas relações.
Assim sendo, por meio da escuta terapêutica, é possível resgatar experiências do passado, reconhecer padrões e construir uma imagem mais realista e acolhedora de si mesmo.
Pratique a auto-observação
Preste atenção aos seus pensamentos e reações diante de conflitos, críticas ou elogios.
Quando você se sentir invadido por uma emoção forte, pergunte-se: o que isso está tocando em mim? É sobre o outro ou sobre algo que eu ainda não resolvi?
Trabalhe a autoestima
A verdadeira autoestima não se baseia em aplausos ou reconhecimento externo.
Ela nasce da aceitação de quem somos — com falhas, virtudes, limites e potências.
Isso significa deixar de buscar perfeição ou superioridade, e também parar de se colocar em posição de inferioridade.
Cultive a humildade e a empatia
Reconhecer que todos estamos em processo de crescimento e que ninguém é superior a ninguém é um grande passo para equilibrar o ego e deixar de ser uma pessoa tóxica.
A empatia nos ajuda a sair do centro e a considerar os sentimentos e necessidades do outro com mais compaixão.
Aprenda a lidar com críticas de forma construtiva
Uma crítica não precisa ser uma sentença de valor sobre quem você é.
Ao escutá-la com abertura, você pode extrair aprendizados e crescer.
Claro, isso exige maturidade emocional e segurança interna — que só se desenvolvem com prática e autoconhecimento.
O papel do ego nos diferentes tipos de relacionamento
O ego não se manifesta apenas nos relacionamentos amorosos.
Ele também influencia nossas relações familiares, profissionais e sociais.
Relacionamentos amorosos
O ego inflado pode levar à competição dentro da relação, dificultando a construção de parcerias equilibradas.
Já o ego ferido pode gerar dependência emocional e ciúmes excessivos.
Ambos os extremos comprometem a qualidade da intimidade afetiva.
Relações familiares
Pais com ego inflado podem ser autoritários ou inflexíveis, enquanto filhos com ego ferido podem se tornar passivos ou ressentidos.
A chave está em criar um ambiente onde o diálogo e a escuta sejam possíveis, reconhecendo a humanidade de todos os envolvidos.
Relações profissionais
No ambiente de trabalho, o ego inflado pode gerar conflitos por disputa de poder, enquanto o ego ferido pode levar à autocensura e dificuldade em defender suas ideias.
Aprender a se posicionar com firmeza, mas sem agressividade, é um diferencial importante e demonstra profissionalismo.
É importante destacar que o ego em si não é um vilão, pois ele é parte da nossa estrutura psíquica e tem funções importantes.
O problema está no desequilíbrio, quando ele se torna dominante demais (inflado) ou frágil demais (ferido), impedindo uma vivência mais livre e consciente.
Portanto, para lidar com o ego de forma saudável, considere fazer acompanhamento psicológico.
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Autor: psicologa Renata Visani Gaspula - CRP 06/72421Formação: A psicóloga Renata Visani é formada em Psicologia há mais de 15 anos. Atualmente, cursa mestrado em Psicologia Clínica e da Saúde na Universidade do Algarve em Portugal e é pós-graduada em Neuropsicologia, PNL (Programação Neurolinguistica) e atende também através da Psicanálise.