Espero que você esteja gostando do nosso site. Conheça os psicólogos que atendem em São Paulo presencialmente e também online por vídeo chamada.
Se você tem filhos, então muito provavelmente já se questionou sobre os limites na disponibilização de celulares, tablets, computadores e até a televisão para eles, não é mesmo? Afinal, não é novidade para ninguém que o uso excessivo de telas na infância é prejudicial.
Acontece que, muitas vezes, para conseguir realizar algumas atividades em casa, pais e mães acabam cedendo e liberando as telas às crianças, sem imaginar, no entanto, os riscos que essa prática pode trazer.
Nesse sentido, resolvemos listar os prejuízos do uso excessivo de telas na infância e trazer algumas alternativas para limitá-lo que podem funcionar na sua casa. Boa leitura!
Qual é o tempo de tela recomendado para as crianças?
Antes de falarmos sobre os riscos do uso excessivo de telas na infância, é preciso entender o que seria esse excesso, não é mesmo? Isso porque o conceito pode muitas vezes ser vago e ficar subentendido.
Assim, segundo recomendações da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP):
- Menores de 2 anos não devem ter qualquer tipo de contato com as telas.
- Crianças de 2 a 5 anos de idade podem usar as telas por até uma hora por dia.
- Crianças de 6 a 10 de idade podem usar as telas de uma a duas horas por dia.
Portanto, esses são os limites do uso de telas na infância. A partir disso, fica mais fácil compreender que o uso excessivo é aquele que ultrapassa essas recomendações, certo?
Quais são os riscos do uso excessivo de telas na infância?
Ainda que seja tentador liberar as telas para as crianças – inclusive, muitas vezes essa pode parecer a única opção, você verá que os riscos dessa prática não compensam.
Prejudica o desenvolvimento do cérebro
A fase até os 5 anos é crucial para o desenvolvimento do cérebro de todo indivíduo. Isso porque, até essa idade, o cérebro se desenvolve rapidamente, com a grande proliferação de neurônios e conexões entre eles.
Quando uma criança muito pequena é exposta às telas, ela desacelera esse desenvolvimento e prejudica, portanto, a aquisição de habilidades motoras e cognitivas.
Isso acontece pois, diferentemente das brincadeiras, que trabalham diversos aspectos na criança e a interação, o consumo de telas é apenas uma distração passiva.
Assim, a criança poderá sofrer com atraso na fala, distúrbio de aprendizado, dificuldades na comunicação e interação social, dificuldades na coordenação motora, etc.
Desregula o sono
Outro prejuízo do uso excessivo de telas na infância é a desregulação do sono, e isso acontece por dois principais motivos.
O primeiro é que, uma criança que possui acesso a uma tela, possivelmente tentará lutar contra o sono para assistir a desenhos ou jogar games, por exemplo.
Além disso, a luz que as telas emitem prejudica a percepção do cérebro na hora de distinguir o dia e a noite. Inclusive, isso acontece com os próprios adultos. Com isso, dificilmente o sono virá na hora em que deve vir, o que prejudica a qualidade desse.
Aumenta o sedentarismo e a obesidade
Pensando especialmente nas crianças mais velhas, o risco do sedentarismo e da obesidade infantil aumenta com o uso excessivo de telas.
Isso acontece, pois, as crianças que passam mais tempo diante da televisão, do celular e do tablet, deixam de praticar atividades físicas, o que contribui para o ganho de peso.
Convém destacar que, junto à obesidade, pode haver também outros desequilíbrios no organismo, como a diabetes e a hipertensão precoce.
Desenvolve problemas emocionais
Não é apenas nos adultos que o uso excessivo de telas desencadeia questões emocionais, em crianças também!
Sim, essa exposição pode desencadear a ansiedade e a depressão, além de outros transtornos tão graves quanto esses.
Afinal, como limitar o uso de telas?
Diante de tantos prejuízos, prova-se que é cada vez mais necessário que os pais, mães e cuidadores intervenham e limitem o uso de telas na infância. Afinal, os riscos são realmente graves e acentuados.
Como sabemos que não é uma questão tão simples de se resolver, principalmente se na sua casa já é um hábito o consumo de tela pelos seus filhos, listamos algumas dicas que podem te ajudar no processo. Veja só!
Dê o exemplo
A limitação do uso de telas passa pela sua conduta dentro de casa! Sim, é necessário que você, enquanto adulto, seja exemplar e um espelho para os seus filhos.
Isso significa que é necessário evitar os eletrônicos quando estiver perto das crianças. Por isso, procure passar mais tempo com a família sem usar o celular e dar a atenção necessária aos filhos nos momentos em que estiverem juntos.
Lembre-se que as ações valem mais do que as palavras!
Estabeleça regras de uso
Se o seu filho já se enquadrar em uma das faixas etárias em que é liberado o uso das telas, então é necessário estabelecer regras e limites para o uso.
Nesse sentido, você pode:
- Definir os dias específicos para uso das telas;
- Proibir o uso das telas no mínimo duas horas antes de dormir;
- Proibir o uso das telas durante as refeições;
- Entre outras.
Definir e cumprir com essas regras é essencial. Por isso, procure não abrir exceção e, caso a criança se demonstre resistente a segui-las, converse abertamente sobre as consequências que o uso de dispositivos pode ocasionar na vida delas.
Esteja sempre por perto durante o uso das telas
Além de definir as regras, é muito importante que você esteja perto do seu filho enquanto ele consome as telas, ou seja, que você monitore esse uso.
Essa mediação é muito importante para evitar outras consequências do uso de celulares, como cyberbullying, abuso online, consumo de conteúdos inapropriados, etc.
Portanto, nunca deixe a criança ir para dentro do quarto sozinha com o dispositivo móvel, por exemplo. Além disso, de tempos em tempos, verifique as mensagens e os aplicativos instalados no celular, tablet ou computador.
Esse monitoramento é crucial para resguardar o seu filho de situações perigosas.
Estimule as atividades e brincadeiras sem telas
E aqui vai mais uma dica extremamente necessária: você precisa estimular atividades e brincadeiras sem o uso das telas. Essa é uma forma de propor outras opções para entreter e desenvolver a criança para além do simples uso do celular.
Dessa forma, pense em atividades lúdicas que possam estimular a atenção e a concentração. Bons exemplos são os jogos de memória, jogos de tabuleiro, quebra-cabeças, leitura de livros, música, pintura, etc.
Nesse processo, também vale pensar em atividades que conectem a criança com a natureza, incluindo aquelas de relaxamento e meditação.
No início pode parecer desafiador e a criança pode até se recusar, mas é preciso ter paciência e persistir até que ela reconheça que aquela atividade pode ser tão ou mais prazerosa do que simplesmente assistir a desenhos ou jogar no celular.
Portanto, é muito importante que você, adulto, se empenhe nesse processo para conseguir êxito e afastar os riscos do uso excessivo de telas na vida do seu filho.
Quem leu esse artigo também se interessou por:
Como lidar com os filhos no processo de divórcio
Crianças em variados níveis de desenvolvimento têm uma compreensão diferente do divórcio. Os pais, portanto, precisam discutir o assunto sob medida.Terapia infantil: 7 benefícios para a vida do seu filho(a)!
Psicóloga explica como os pais devem ficar atentos com os filhos e quando considerarem iniciar terapia infantil.Terapia infantil: como funciona e qual a importância?
A terapia infantil é um tipo de atendimento psicoterapêutico voltado exclusivamente para as crianças. Saiba tudo sobre o seu funcionamento.
Outros artigos com Tags semelhantes:
Tipos de insônia: conheça!
A insônia é um distúrbio do sono que se caracteriza pela dificuldade em iniciar ou manter o sono, resultando em descanso de má qualidade ou insuficiente. Mas, você sabe [...]Relacionamento aberto: como saber se ele funciona para você?
Atualmente, é comum nos depararmos com o termo "relacionamento aberto" e encontrar discussões e debates sobre o assunto. No entanto, ainda pode ser difícil para muitas pessoas entender o [...]Mães narcisistas: como afetam o psicológico dos filhos?
O termo "mães narcisistas" se popularizou recentemente, principalmente nas redes sociais. Mas será que toda mãe com comportamentos difíceis de lidar é narcisista? Antes de explicar o assunto, é [...]
Autor: psicologa Andreia Crocco Santos - CRP 06/146707Formação: Pós-graduada em Psicanálise e os Desafios da Contemporaneidade. Pós-graduanda em Saúde Mental, Psicopatologia e atenção psicossocial. Atendimento Psicoterápico Clínico de casal e individual de adolescentes, adultos e idosos sob orientação psicanalítica e psicoterapia psicodinâmica