Espero que você esteja gostando do nosso site. Conheça os psicólogos que atendem em São Paulo presencialmente e também online por videochamada. Autor: Renata Visani Gaspula - Psicólogo CRP 06/72421

O Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) é um tema recorrente tanto na mídia quanto na prática clínica, criando um ambiente onde fatos e mitos se misturam com facilidade.
Para quem convive com o TDAH — seja pacientes, familiares, amigos ou profissionais da saúde mental —, é essencial separar o que é real do que é mera crença popular.
Por conta disso, é importante esclarecer os principais equívocos sobre o transtorno, fornecer informações embasadas e oferecer orientações para uma vida mais equilibrada e saudável.
O que é o TDAH?
O TDAH é um transtorno neurodesenvolvimental caracterizado por níveis de desatenção, hiperatividade e/ou impulsividade incompatíveis com as exigências da idade ou do contexto do indivíduo.
Segundo o DSM‑5 (Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais) e a CID‑11 (Classificação Internacional de Doenças), três subtipos são reconhecidos:
- Predominantemente desatento
- Predominantemente hiperativo-impulsivo
- Apresentação combinada
Mitos sobre o TDAH
Apesar de o TDAH ser um transtorno amplamente estudado e reconhecido, ainda existe muita desinformação sobre o tema.
Diversos mitos circulam no senso comum, dificultando o diagnóstico, o tratamento e a empatia com quem convive com essa condição.
A seguir, listamos alguns dos mitos mais frequentes sobre o TDAH — e por que eles não correspondem à realidade.
Mito 1: “É apenas uma falta de disciplina ou educação”
Esse é um dos equívocos mais comuns. O transtorno de déficit de atenção não é resultado de “crianças mal educadas” ou comportamento inadequado dos pais.
Trata-se de um transtorno neurobiológico com causas genéticas e alterações cerebrais reais.
Exigir mais foco de quem tem TDAH do que da maioria é ignorar as limitações que o transtorno impõe.
Mito 2: “Todo mundo é um pouco distraído — logo, TDAH é “coisa de moda”
A prevalência mundial gira em torno de 5%, sendo apenas um percentual relativamente constante, independentemente de “modismos”.
Mito 3: “Quem tem TDAH não consegue se concentrar em nada nunca”
Na realidade, pessoas com transtorno de déficit de atenção costumam apresentar episódios de hiperfoco: atenção intensa em atividades de alto interesse, enquanto ficam desatentas em tarefas rotineiras.
Mito 4: “Com a idade, desaparece”
Embora muitos sinais de hiperatividade diminuam com a maturidade, os sintomas de desatenção e impulsividade podem persistir na vida adulta.
Cerca de 60% dos casos que passaram pela psicoterapia infantil e foram diagnosticados mantêm o transtorno ao crescer.
Mito 5: “Idade mágica para diagnosticar”
O diagnóstico precoce (sempre com avaliação psicopedagógica, neuropsicológica ou neuropsiquiátrica) tem benefícios, pois reduz prejuízos acadêmicos e emocionais.
Entretanto, tardios também podem levar a mais clareza na vida, sem implicar necessariamente “perda de tempo”.
Mito 6: “TDAH é culpa da alimentação (como açúcar ou corantes)”
Apesar de dietas ricas em açúcar ou corantes estarem associadas a comportamento mais agitado em algumas crianças, não há evidências robustas de que causem o TDAH.
O impacto desses ingredientes tende a ser menor do que se imagina.
Mito 7: “Uso de medicamentos sempre causa dependência e efeitos colaterais graves”
Medicamentos recomendados por profissionais são seguros quando usados adequadamente, com acompanhamento médico. Os efeitos colaterais mais comuns — insônia leve, pouca perda de apetite — tendem a ser passageiras e gerenciáveis.
Verdades sobre o TDAH
Por outro lado, é importante conhecer o que a ciência realmente afirma sobre o transtorno de déficit de atenção.
Com base em evidências e em anos de pesquisa, estas verdades ajudam a esclarecer o transtorno e combater o estigma.
Veja abaixo algumas afirmações verdadeiras sobre o TDAH e por que elas fazem toda a diferença na forma como lidamos com o diagnóstico e o convívio com quem tem o transtorno.
Verdade 1:
Estudos científicos demonstram que o TDAH está relacionado a alterações no funcionamento cerebral, especialmente em áreas ligadas à atenção, controle de impulsos e regulação emocional.
Verdade 2:
O TDAH é reconhecido por instituições internacionais como a Organização Mundial da Saúde (OMS) e a Associação Americana de Psiquiatria.
Está presente nos principais manuais diagnósticos (CID-11 e DSM-5), com critérios específicos que avaliam frequência, intensidade e prejuízos causados pelos sintomas.
Verdade 3:
O transtorno não significa ausência total de atenção, e sim dificuldade em regular o foco.
Quem tem TDAH pode mergulhar profundamente em atividades que despertam alto interesse, enquanto enfrenta grande dificuldade em manter a atenção em tarefas repetitivas ou pouco estimulantes.
Verdade 4:
Embora os sintomas de hiperatividade geralmente diminuam com o tempo, a desatenção, a impulsividade e a desorganização costumam continuar.
Verdade 5:
O diagnóstico pode ser feito na infância, adolescência ou vida adulta, desde que os sintomas estejam presentes desde os primeiros anos e causem impacto no cotidiano.
Verdade 6:
Embora certas substâncias, como açúcar ou corantes artificiais, possam intensificar temporariamente a agitação em algumas crianças, elas não são responsáveis pelo desenvolvimento do transtorno.
Verdade 7:
Os medicamentos utilizados para tratar o TDAH, como os psicoestimulantes, são amplamente estudados e seguros quando prescritos e acompanhados por profissionais especializados.
Eles ajudam a melhorar a atenção, reduzir a impulsividade, incentivar o desenvolvimento de inteligência emocional, e facilitar a organização, com risco mínimo de dependência quando usados corretamente.
Viver bem com TDAH: estratégias práticas
Conviver com o TDAH envolve entender o próprio funcionamento e buscar estratégias práticas que ajudem no dia a dia.
Diários de humor e atenção ajudam a identificar padrões e gatilhos, enquanto testes de memória e foco podem orientar o tratamento.
Ferramentas de organização, como agendas com alertas, post-its coloridos e técnicas como Pomodoro (25 minutos de foco, 5 de pausa), ajudam a lidar com distrações.
O autocuidado com o corpo também é essencial: sono regulado, exercícios físicos e alimentação equilibrada contribuem para a regulação emocional.
Nas relações, a comunicação assertiva — dizendo o que sente, o que acontece e o que gostaria — ajuda a evitar conflitos e rejeição.
Ajustes nas demandas escolares ou profissionais, quando necessários, trazem mais equilíbrio.
Redes de apoio e grupos de troca fortalecem o senso de pertencimento e evitam o isolamento.
Além disso, contar com o acompanhamento psicológico é fundamental.
O psicólogo ajuda a desenvolver autoconhecimento, identificar pontos de atenção e construir estratégias que respeitam a individualidade de cada pessoa com TDAH.
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Autor: psicologa Renata Visani Gaspula - CRP 06/72421Formação: A psicóloga Renata Visani é formada em Psicologia há mais de 15 anos. Atualmente, cursa mestrado em Psicologia Clínica e da Saúde na Universidade do Algarve em Portugal e é pós-graduada em Neuropsicologia, PNL (Programação Neurolinguistica) e atende também através da Psicanálise.