Espero que você esteja gostando do nosso site. Conheça os psicólogos que atendem em São Paulo presencialmente e também online por videochamada. Autor: Renata Visani Gaspula - Psicólogo CRP 06/72421
O conceito de perdão é simples, mas colocá-lo em prática é quase sempre desafiador.
Embora possa ser difícil perdoar alguém, libertar-se das mágoas é essencial para a construção de relacionamentos saudáveis.
Afinal, todos nós cometemos erros e, na maioria das vezes, as pessoas erram tentando fazer o certo.
É um tanto difícil pontuar quando se deve perdoar alguém, uma vez que cada um entende da sua mágoa e das circunstâncias que ela aconteceu.
Os psicólogos enxergam o perdão como um processo profundo e complexo que requer uma série de mudanças emocionais e comportamentais.
No post de hoje, exploraremos mais sobre esse conceito.
Qual é a importância de perdoar?
É relativamente fácil perdoar uma pessoa querida após um desentendimento.
Já perdoar alguém que te causou muito sofrimento exige um esforço maior.
A maioria das pessoas vê o perdão como uma forma de isentar o outro da responsabilidade de seus atos, mas não é bem assim.
Através do perdão, é possível deixar para trás a dor e o ressentimento provocados por uma mágoa.
É uma maneira de se libertar da lembrança de um acontecimento ruim para que ela não afete mais a sua vida.
O perdão é necessário para muitos processos de cura de traumas e desapego do passado.
É preciso perdoar tudo?
Esse é um dos questionamentos que torna o perdão um assunto complicado.
Perdoar é cobrado das pessoas, mas é difícil aplicar isso em certas situações.
Como perdoar um ex abusivo, um pai ausente ou uma mãe narcisista?
É possível encontrar o perdão em todas as ocasiões?
O perdão em casos difíceis, como de violência ou abuso, não tem necessariamente ligação com perdoar o que a pessoa fez, mas, sim, compreender o contexto da situação.
Em alguns casos, essa compreensão pode libertar o indivíduo de questionamentos, culpas e cobranças em relação ao ocorrido.
Por exemplo, ao compreender as motivações por trás do comportamento de um pai ou mãe negligentes, o indivíduo é capaz de perceber que a situação não se reduz somente ao ‘bem versus mal’.
Entender o contexto histórico e a forma como os pais foram criados pode ajudá-lo a processar memórias de infância de uma maneira mais saudável.
Assim, o indivíduo consegue deixar a posição de vítima e tomar as rédeas do seu presente.
Afinal, não é preciso desempenhar o mesmo papel para sempre.
Este, contudo, não é o caso para todas as pessoas.
Dependendo da gravidade da situação, mesmo esse conhecimento pode não ajudar.
É ideal procurar ajuda profissional para iniciar o trabalho de processamento do trauma antes de considerar o perdão.
Pode ser que haja outras maneiras de lidar com as suas feridas emocionais.
Quem perdoa tem que esquecer?
Perdoar não significa que você concorda com o comportamento alheio ou se esqueceu do que aconteceu.
É impossível esquecer um acontecimento ruim, principalmente quando ele deixa traumas, tampouco é bom fazer isso.
Precisamos nos lembrar dos relacionamentos que não deram certo, dos momentos em que fomos enganados ou maltratados e das nossas atitudes equivocadas para não trilhar o mesmo caminho no futuro.
A experiência resulta em melhores escolhas.
Nos afastamos com rapidez de situações desconfortáveis ou pessoas que não nos fazem bem quando já sabemos identificar sinais de alerta.
Saúde mental x Perdão: quais são os benefícios de perdoar?
Para a saúde mental, a libertação do que traz sofrimento é extremamente benéfica.
Paz interior
Quem perdoa normalmente sente uma sensação de paz interior, como se tudo estivesse em ordem na sua vida.
Isso porque a situação ruim deixa de ser uma preocupação.
Mesmo que ela não seja uma preocupação constante, está sempre lá, no fundo da mente ou do coração, lembrando você do que aconteceu.
O perdão elimina o ‘compromisso’ com essa pendência do passado, reduzindo os níveis de estresse e ansiedade.
Vários exercícios de perdão, no entanto, podem ser necessários para reduzir a mágoa residual.
Resiliência
Aprender a perdoar ajuda a desenvolver a resiliência.
Essa competência emocional está relacionada à capacidade de passar por situações estressantes sem sucumbir aos seus efeitos negativos.
Não significa que a pessoa resiliente é incapaz de sofrer.
Pelo contrário, ela sofre, sim, mas consegue administrar o sofrimento de modo a não deixar feridas emocionais profundas ou não influenciar o seu cotidiano.
Quando não sabe lidar com uma adversidade, a pessoa resiliente procura ferramentas para ajudá-la a passar por ela, como, por exemplo, a psicoterapia.
Relacionamentos interpessoais melhores
O relacionamento com a pessoa perdoada melhora consideravelmente quando ambos possuem a oportunidade de expressar seus sentimentos, contar o seu lado da história e colocar um ponto final na situação.
Em alguns casos, as pessoas possuem desejo de reatar relacionamentos – seja com amigos, familiares e cônjuges – após uma grande briga.
O medo e a vergonha impedem que elas tomem uma decisão, então abafam essa vontade e vivem longe da pessoa cujo relacionamento desejam reconstruir. O perdão, neste contexto, é o que falta para a reconstrução do laço.
Empatia
O ato de perdoar também desenvolve a empatia, a competência emocional que envolve a compreensão das perspectivas e emoções do outro.
Quando você se dispõe a perdoar alguém, precisa se colocar no lugar dela primeiro.
O entendimento do seu ponto de vista e das circunstâncias que podem ter influenciado o seu comportamento facilita o perdão dos seus erros.
O que a falta de perdão pode provocar?
Diferente do ato de perdoar, a falta do perdão pode trazer consequências negativas, tais como:
- Carregar ressentimento dentro de si: o ressentimento origina diversos sentimentos negativos, como amargura, tristeza, raiva e baixa autoestima. Com o tempo, você pode passar a ressentir todas as pessoas à sua volta e não apenas quem te causou mal.
- Problemas de saúde mental: a ansiedade, depressão e outras condições de saúde mental podem aparecer com o passar dos anos. Como você não consegue esquecer o que aconteceu, fica martelando sentimentos e lembranças ruins, inconsciente e conscientemente. O estresse e mal-estar provocados por esse hábito colaboram para o desenvolvimento ou agravamento de problemas de saúde mental.
- Problemas de relacionamento: a falta de perdão pode interferir na qualidade dos seus relacionamentos atuais, seja consciente ou inconscientemente. O medo, a amargura, os conflitos internos e o ressentimento podem dificultar a manutenção de relacionamentos saudáveis.
- Apego ao passado: o apego ao passado geralmente previve que as pessoas tenham uma boa visão do seu futuro. Elas temem que a mesma situação negativa se repita, então possuem uma postura defensiva, de quem está sempre esperando um ataque.
Como praticar o perdão?
Praticar perdão envolve uma série de passos que, muitas vezes, são desconfortáveis.
Dependendo da situação, pode ser muito doloroso revisitar lembranças e tentar encontrar razões para perdoar quem te causou mal.
Então, acima de tudo, tenha compaixão por você ao iniciar essa jornada.
Se você não sabe por onde começar a praticar o perdão, confira, a seguir, dicas para dar os primeiros passos:
Reconheça e aceite os seus sentimentos
É importante dedicar tempo para conhecer os seus próprios sentimentos em relação às circunstâncias do ocorrido.
Não tenha medo de admitir que nutre coisas ruins pela pessoa que te causou mal.
Permita-se sentir e processar todas as emoções negativas, desde a raiva e o rancor até a tristeza e a vontade de se vingar.
Dentro do processo de perdão, é fundamental aceitar que você é um ser humano e, por isso, possui sentimentos complexos, assim como todos os outros.
O que não se pode fazer é se apegar a eles como se fossem a única solução para o conflito.
Escolha perdoar
Você precisa estar consciente e completamente de acordo com a sua decisão de perdoar, e não escolher fazer isso porque é o ‘certo a fazer’ ou porque a sociedade acha mais bonito o perdão do que a mágoa.
Entenda as suas próprias motivações e os benefícios que o perdão trará na sua vida antes de escolher perdoar.
Tenha paciência consigo mesmo
Seja compassivo consigo mesmo, não apenas com o outro.
Perdoar não é fácil e pode levar muito, muito tempo.
Tenha paciência com a sua jornada, celebrando cada avanço em direção ao seu objetivo final.
Busque ajuda na psicoterapia
A terapia pode te ajudar muito neste processo.
A orientação e o apoio do psicólogo facilita o acesso a lembranças dolorosas e o processamento de sentimentos negativos sem prejudicar a saúde mental.
Hoje, pode parecer impensável perdoar quem te causou tanto mal.
Esse sentimento pode mudar ao passar das sessões de terapia. Você pode descobrir outros caminhos para lidar com as suas mágoas.
Psicólogos para Desenvolvimento Pessoal
Conheça os psicólogos que atendem casos de Desenvolvimento Pessoal no formato de terapia online por videochamanda e também consultas presenciais em São Paulo:
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Adriana Kalil
Consultas presenciais
Consultas por vídeoA Psicóloga e Coach Adriana Kalil é formada em Psicologia Clínica Comportamental desde 2002 e Coaching desde 2013. Ela também é especialista em Análise Clínica Comportamental desde 2009.
Valor R$ 250
Posso ajudar comRelacionamentosMedosDesenvolvimento PessoalMorte e LutoEstressepróximo horário:
13/dez. às 09:00hs -
Roberto S. Huschak
Consultas presenciais
Consultas por vídeoRoberto Samuele Huschak é formado em Psicologia Clínica pela faculdade Paulistana de Ciências e Letras, além de formação em Psicologia Hospitalar, Institucional e Empresarial pela mesma entidade.
Valor R$ 220
Posso ajudar comTranstorno de Estresse Pós Traumático (TEPT)Estresse pós-traumáticoRelacionamentosConflitos FamiliaresDesenvolvimento Pessoalpróximo horário:
16/dez. às 12:00hs
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Autor: psicologa Renata Visani Gaspula - CRP 06/72421Formação: A psicóloga Renata Visani é formada em Psicologia há mais de 15 anos. Atualmente, cursa mestrado em Psicologia Clínica e da Saúde na Universidade do Algarve em Portugal e é pós-graduada em Neuropsicologia, PNL (Programação Neurolinguistica) e atende também através da Psicanálise.