Espero que você esteja gostando do nosso site. Conheça os psicólogos que atendem em São Paulo presencialmente e também online por videochamada. Autor: Andreia Crocco Santos - Psicólogo CRP 06/146707
Pesadelos recorrentes são sonhos angustiantes que se repetem com certa frequência, muitas vezes com os mesmos elementos, cenários ou sensações.
Ao contrário de um pesadelo isolado, que pode ser apenas fruto de um dia estressante ou de um filme assustador antes de dormir, os recorrentes tendem a carregar um padrão emocional e simbólico que se repete ao longo do tempo.
Continue lendo para saber mais sobre o tema!
Causas comuns dos pesadelos recorrentes
A origem dos pesadelos recorrentes pode ser multifatorial, variando de pessoa para pessoa.
A seguir, listamos as causas mais frequentes:
Trauma psicológico
Eventos traumáticos, como abusos, acidentes, perdas ou situações de violência, podem desencadear pesadelos que se repetem como forma de reviver ou processar o trauma.
Esses sonhos costumam ser intensos, vívidos e emocionalmente carregados.
Em casos mais graves, podem estar associados a transtornos como o TEPT (transtorno de estresse pós-traumático).
Estresse e ansiedade
A pressão do dia a dia, preocupações constantes, conflitos emocionais e situações de insegurança podem alimentar o estresse e causar pesadelos repetitivos.
O cérebro, em busca de uma forma de processar esses sentimentos, recorre aos sonhos como meio simbólico de expressão.
Transtornos do sono
Distúrbios como insônia, apneia do sono, narcolepsia e parassonias (como o terror noturno) podem afetar a qualidade do sono e favorecer a ocorrência de pesadelos.
Logo, nessas condições, a estrutura do sono REM — fase onde os sonhos mais intensos acontecem — pode ser alterada, aumentando a frequência de sonhos perturbadores.
Uso de substâncias
O uso de álcool, drogas, medicamentos ou a interrupção brusca de substâncias psicotrópicas também pode influenciar a ocorrência de pesadelos.
Certos antidepressivos, por exemplo, estão associados a sonhos vívidos e, em alguns casos, negativos.
Questões inconscientes
Para a psicologia analítica, especialmente na visão junguiana, os sonhos são uma forma de o inconsciente se comunicar com a consciência.
Pesadelos recorrentes podem refletir conteúdos reprimidos, medos não enfrentados ou aspectos da personalidade que precisam ser integrados.
O que os pesadelos recorrentes podem revelar sobre você?
Pesadelos recorrentes não são apenas experiências desagradáveis — eles podem conter mensagens importantes sobre sua saúde emocional, suas vivências passadas e seus conflitos internos.
Analisar o conteúdo desses sonhos pode oferecer pistas valiosas.
Por exemplo, sonhar repetidamente que está sendo perseguido pode indicar que você está fugindo de algo em sua vida — uma decisão difícil, um sentimento de culpa, uma memória dolorosa.
Sonhos em que você está caindo podem refletir uma sensação de perda de controle, insegurança ou instabilidade emocional.
Já sonhos com perda de entes queridos podem expressar medos profundos de abandono, solidão ou luto não processado.
Situações em que você está preso ou paralisado em um sonho podem simbolizar momentos em que se sente incapaz de agir ou tomar decisões importantes na vida real.
Embora essas interpretações possam variar conforme o contexto e a vivência de cada pessoa, os padrões emocionais costumam se repetir e apontar para temas inconscientes que precisam ser trabalhados conscientemente.
O papel simbólico dos sonhos na psicologia
Para muitas correntes da psicologia, especialmente a psicanálise e a psicologia analítica, os sonhos têm uma função de elaboração psíquica.
Freud via os sonhos como uma realização de desejos reprimidos, enquanto Jung os via como expressões do inconsciente coletivo e pessoal, com mensagens simbólicas a serem decifradas.
Nesse sentido, os pesadelos — e em especial os recorrentes — seriam um chamado do inconsciente para que algo seja compreendido, enfrentado ou integrado.
Em vez de vê-los apenas como um problema a ser eliminado, podem ser vistos como oportunidades de autoconhecimento e transformação pessoal.
Pesadelos recorrentes na infância
Nas crianças, os pesadelos recorrentes são relativamente comuns e, muitas vezes, fazem parte do desenvolvimento psicológico.
No entanto, eles podem indicar que a criança está lidando com algo que não consegue expressar verbalmente — como medo de separação, conflitos familiares, bullying ou ansiedade escolar.
É importante que pais ou responsáveis acolham a criança após um pesadelo, oferecendo segurança, escuta e tranquilidade.
Evitar punições ou ridicularizações é essencial. Conversar sobre o sonho, desenhar ou brincar sobre o tema pode ajudar a criança a elaborar melhor o conteúdo.
Se os pesadelos forem frequentes, muito intensos ou acompanhados de mudanças no comportamento da criança (como regressão, isolamento ou irritabilidade), é recomendável procurar um psicólogo infantil.
Como lidar com pesadelos recorrentes
Enfrentar pesadelos recorrentes não é apenas uma questão de tentar “parar de sonhar com isso”.
Exige atenção, autocuidado e, em muitos casos, ajuda profissional. Abaixo estão algumas estratégias que podem ajudar:
1. Mantenha um diário de sonhos
Anotar os sonhos logo ao acordar pode ajudar a identificar padrões, símbolos e temas recorrentes.
Mesmo que não se lembre do sonho inteiro, registre o que conseguir.
Com o tempo, você poderá perceber conexões com situações da sua vida, emoções recorrentes ou eventos específicos que antecedem os pesadelos.
2. Identifique gatilhos
Tente observar se há fatores que antecedem os pesadelos: períodos de estresse, discussões, mudanças na rotina, consumo de certas substâncias ou problemas de saúde.
Identificar gatilhos mentais pode ajudar a preveni-los ou a lidar melhor com eles.
3. Pratique a higiene do sono
Manter uma rotina de sono saudável — dormir e acordar no mesmo horário, evitar telas antes de dormir, manter o ambiente escuro e silencioso — é fundamental para melhorar a qualidade do sono e reduzir os episódios de sonhos negativos.
4. Use técnicas de relaxamento
Atividades como meditação, respiração consciente, ioga ou até mesmo um banho quente antes de dormir ajudam a acalmar a mente e preparar o corpo para um sono mais tranquilo.
Essas práticas podem diminuir a ansiedade que alimenta os pesadelos.
5. Terapia psicológica
Procurar um psicólogo pode ser essencial, principalmente quando os pesadelos causam sofrimento intenso ou atrapalham sua vida cotidiana.
Abordagens como a terapia cognitivo-comportamental (TCC), EMDR (dessensibilização e reprocessamento por movimentos oculares) e a terapia junguiana são especialmente eficazes nesse campo.
6. Técnica da “reescrita” do sonho
Essa técnica, usada em algumas terapias, consiste em reimaginar o sonho, enquanto acordado, com um final diferente ou menos ameaçador.
Por exemplo, se você sempre sonha que está sendo perseguido, pode imaginar-se enfrentando o perseguidor ou escapando com segurança.
Essa prática pode reduzir a frequência e a intensidade dos pesadelos.
Quando buscar ajuda profissional?
Embora os pesadelos sejam experiências comuns, há situações em que buscar apoio profissional é altamente recomendado:
- Quando os pesadelos afetam a qualidade do sono ou da vida cotidiana.
- Se você evita dormir por medo de sonhar.
- Quando os sonhos estão relacionados a traumas não resolvidos.
- Se há sintomas associados, como ansiedade, depressão ou fobias.
- Quando os pesadelos causam angústia frequente ou impedem o descanso adequado.
Um profissional da saúde mental poderá ajudar a entender o significado simbólico dos pesadelos e orientar estratégias para enfrentá-los.
Portanto, se você sente que os pesadelos estão atrapalhando a sua qualidade de vida e sua saúde mental, é necessário buscar um psicólogo o quanto antes.
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Autor: psicologa Andreia Crocco Santos - CRP 06/146707Formação: Pós-graduada em Psicanálise e os Desafios da Contemporaneidade. Pós-graduanda em Saúde Mental, Psicopatologia e atenção psicossocial. Atendimento Psicoterápico Clínico de casal e individual de adolescentes, adultos e idosos sob orientação psicanalítica e psicoterapia psicodinâmica